O livro traz a compreensão e debate sobre teatro na cobertura dos jornais A Tarde e Diário de Notícias entre 1956 e 1961. O período é de particular relevância porque nele, mais precisamente em agosto de 1956, foi criada a Escola de Teatro, primeira no país ligada a uma instituição de nível superior, a então Universidade da Bahia. Esta iniciativa abriu o caminho para que procedimentos do teatro moderno (papel do encenador, tipos de atuação, uso da iluminação elétrica, entre outros) fossem trabalhados sistematicamente nas artes cênicas de Salvador. Durante cinco anos - num período também conhecido como 'era Martim Gonçalves', numa referência ao primeiro diretor da unidade - as mudanças ocorrem tanto no exercício da cena, quanto na cobertura jornalística. A Escola de Teatro marca a transição de um período no qual o teatro era entendido como uma atividade amadora e diletante, para o reconhecimento de seu trabalho como um campo autônomo, profissional e artisticamente. Logo depois, em 1959, é criada a primeira companhia profissional da cidade: o Teatro dos Novos. A relação complexa e dinâmica entre a cena teatral local e sua cobertura, a configuração do espaço cênico no jornalismo baiano, as repercussões deste “modernismo”, o treino de formatos textuais até então pouco ou nada explorados (crítica, comentários, editoriais, entrevistas, artigos e colunas especializadas), o aparecimento de novos cadernos, a percepção de questões que norteiam a atividade teatral em moldes modernos e o surgimento de vozes que as representam são os principais tópicos deste trabalho.
Livro "Impressões Modernas - Teatro e Jornalismo na Bahia"
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